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segunda-feira, 4 de outubro de 2010
A Criminologia Traumatizada [CriminologiaS]
"(...) eu devo afirmar, antes de tudo, que este trabalho aborda o objeto e as objetificações criminológicas como momentos cruciais de manifestação da violência. Mas, 'a criminologia é, fundamentalmente, a chance de des-construir'. O que significa, nos termos de Jacques Derrida, a chance para a justiça; a loucura em questionar, justamente, a substância inatacável que constitui o projeto criminológico: a tautologia. Ora, todas as imagens até aqui evocadas de autolegitimação, representações de encontro com o mesmo, com o próprio que é já próprio da racionalidade instrumental que crê representar a violência, são, em última instância, imagens para tautologia – imagens do circo e do círculo tautológico que fala de si e sobre si às custas da alteridade do objeto. Que esses apontamentos ocorram, contudo, desde uma leitura criminológica, já faz parte da própria leitura crítica que esta dissertação pretende desenvolver. Pois, a vinculação entre o estudo dos fenômenos criminais – crimino-logos – e a inevitável invasão que a esses fenômenos ocorre é já, com os argumentos daqui para frente desenvolvidos (desde o diálogo entre alguns textos de Theodor Adorno, Walter Benjamin e Jacques Derrida), manifestação do logos e da sua estru-tura cabal de compreensão. Mas a 'chance de desconstruir' é a ocasião apropriada, o momen-to decisivo, de escandalizar a violência travestida de tautologia. Por isso, 'a criminologia é, fundamentalmente, a chance de desconstruir a tautologia' que é a produção de conhecimento nas ciências criminais." (Da Introdução de Alexandre Costi Pandolfo, autor da Coleção CriminologiaS)
Que bela surpresa Salito! Maravilha! Aproveito a oportunidade para agradecer mais uma vez aos organizadores da Coleção e ao meu amigo Ricardo Timm, cuja força permitiu a concretização deste trabalho.
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