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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Massa Crítica em Porto Alegre

As ações de grupos como Critical Mass e Reclaim the Streets representam formas inovadoras e espontâneas de manifestação jovem na atualidade.
Nesta época pós-utopias, estes movimentos de ativismo urbano sintetizam expressões contraculturais de grande valor, sobretudo porque reivindicam a ocupação do espaço das cidades pelas pessoas.
Triste o ocorrido ontem em Porto Alegre. E profundamente lamentável o enfoque dado pela imprensa provinciana, que na reportagem induz os espectadores a atribuir a 'culpa' do atropelamento aos jovens, pois 'deveriam ter pedido permissão e apoio da polícia para realizar a manifestação'.
Como se fosse obrigatório pedir autorização para passear de bicicleta pela cidade.
Na sequência dois vídeos: a gravação dos manifestantes e a reportagem mencionada.



23 comentários:

  1. pois eles não tavam simplesmente "andando de bicicleta" como vocês falam. Eles tavam sim é fazendo protestinho e manifestação, fechando toda a rua, ILEGALMENTE, e obrigando todo mundo a assistir a passeata em prol das bicicletas. Bando de ativista chato que se acha superior aos outros. Eles queriam era fazer barulho e causar! Queriam visibilidade, como disse um dos caras que foi atropelado. Quando se anda com um grupo de bicicleta, pelas ruas, o grupo não deve andar em horizontal, ainda mais FECHANDO A RUA DE PROPÓSITO COM O OBJETIVO DE IRRITAR quem não é ativista. Vocês nunca andaram de bicicleta com o pai de vocês não? Ele não ensinou que grupo de bicicleta deve andar EM FILA, um atrás do outro, e não um do lado do outro? Não dou razão pro cara que atropelou sob hipótese alguma - mas ó: bem-feito! Aprendam a ser menos arrogantes e que nem todo mundo gosta de participar do ativismo dos outros. Cada um na sua, cada um na sua vida e cada um com seus problemas !!!!

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  2. No blog do Massa Crítica tem outras imagens: http://massacriticapoa.wordpress.com
    Dada a estupidez e o anonimato, o comentário acima sequer merece consideração.

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  3. O Instituto de Criminologia e Alteridade já se colocou a disposição da Massa Crítica para qualquer tipo de auxílio nas batalhas contra as instituições.

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  4. Sobre o comentário anônimo, os Mutantes, na voz de Rita Lee, já diziam tudo: -"...mas as pessoas da sala de jantar~, são ocupadas em nascer e morrer..."

    Abração Salo, ve se aparece por Saint Mary City e me liga para tomarmos uma cerveja e eu te apresentar minha pimpolha.

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  5. Protestinho, Anônimo? Ilegalmente? Bem feito!?!? Pena que não tens tanta coragem para colocares teu nome no comentário. Me parece que isso é plenamente justificável, pois o que defendes aqui é que TODOS os ciclistas deveriam ter sido aniquilados para que a paz dos motoristas permancesse intocável. Não fico admirada, também, quando usas a expressão "vocês" pejorativamente. Isso só demonstra a barbárie que pregas. Não admites a diferença e exalta a atitude do motorista que atropelou os ciclistas. Pior do que a passividade é o ativismo reaça...lamentável.

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  6. TODA PESSOA que comenta ANONIMAMENTE em blogs tende a ser um(a) CAGALHAO(a) e FRACO(a) das ideias.

    Tao fraco que, mesmo supondo que o que houve ali fosse mesmo um protesto para "irritar", o cara acha natural e "bem feito" que pessoas sejam atropeladas.

    Pensando bem, eu esconderia meu nome depois de dizer uma MERDA dessas, mesmo.

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  7. Tão lamentável quanto o episódio são manifestações como as do anônimo. MAs o pior é que não é uma manifestação isolada: há outras pessoas dizendo a mesma coisa! Acho que estão incomodadas pq na cidade delas existem cidadãos e cidadãs que querem exercer a cidadania de uma forma diferente da deles. Aversão à diferença me parece o primeiro aspecto desse tipo de protesto reacionário.
    Provavelmente essas pessoas querem ter o DIREITO CONSTITUCIONAL de poder andar LIVREMENTE de carro pelas ruas para poder chegar logo em casa, calçar as pantufas e ligar de uma vez a televisão. Afinal, elas merecem isso depois de um longo e árduo dia de trabalho. São TRABALHADORES, merecem isso, e certamente também merecem uma rua desbloqueada, sem protestinhos, sem ninguém à sua frente a ATRAPALHAR o trânsito e fazer BADERNA. Sem ninguém à sua volta.
    IMPRESSIONANTE como um episódio desses ajuda a florescer uma vontade de disciplinarização (ou um certo apreço por um fascismo travestido de democracia) em algumas pessoas.
    Geralmente, para pessoas totalitárias, o segredo é a alma do negócio. Nada a estranhar, portanto, em relação à falta de identificação.

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  8. Nada justifica o atropelamento! Mas quem leu o comentario do "Anónimo", imparcialmente, não podera de concordar com ele em pelo menos um ponto: Qual o direito de alguem de fechar por completo uma avenida impedindo ou fazendo ainda mais devagar o fluxo na hora do rush? A mesma intolerancia dos que aqui escrevem equivale à do motorista que jogou boliche humano ontem! por que não ter feito simplesmente uma coluna vertical de ciclistas, compartilhando o restante da rua com os motoristas de carro? Nada justifica a violencia, mas obrigar os outros a "engolir" a ideologia propria não deixa de ser uma forma de violencia. Não, não tenho carro. Sou ciclista, mas não quero ser atropelado de graça.

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  9. Para essa galerinha "equilibrada", Maio de 68 significou um obstáculo ao trânsito. É dose.

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  10. Lamentável o ocorrido em Porto Alegre, repercussão Nacional de nossa Capital; pior é saber que algumas pessoas defendem um Bandido Homicida, cidadão incapaz de conviver em uma sociedade que procura alternativas inteligentes.
    Nada poderá justificar o “Ato Bandido de um Irresponsável”, que assumiu o Risco de matar aleatoriamente pessoas, entre elas Jovens e Crianças que pedalavam em busca de atenção para o Futuro de nossa Cidade e nosso Planeta.
    Onde esta a EPTC a Polícia e os demais Setores Públicos, responsáveis a defender o interesse da sociedade.
    “Nada se justificará o Ato Irresponsável deste Maníaco Homicida.”

    “JUSTIÇA JÁ; NA FORMA DA LEI É O MÍNIMO PARA ESTE BANDIDO”

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  11. Uma estupidez sem limites. Por mais que nos "acostumemos" com a violencia que toma conta do planeta, uma esupidez desta, não há adjetivo que o defina. Participo do movimento cicloativista em Salvador. Minha solidariedade às vitimas, familias e ao povo de Porto Alegre certamente está indignado com esta animalide. Digo certamente por não ter procuração para falar em nome dos cidadãos porto alegrense. Policia, justiça e povo devem se unir para punir exemplarmente uma pessoa (se e que assim podemos chamá-la), que é capaz de cometer um ato de tanta crueldade. Os cicloativistas, além de estarem exercendo um direito de manifestação legitima, legal, não tem o dever de pedir autorização para pedalar nas ruas. Fazer tal exigencia seria o mesmo que pedir autorização para permitir a circulação de veiculos. A lei autoriza carros e bicicletas a circularem na mesma pista. Independentemente de pedido, de solicitação de autorização, o poder publico tem o dever de dar segurança às pessoas e de punir os infratores da lei.

    Mesmo que errados estivessem em algo os ciclsitas, jamais poderiam ser vitimas de uma brutalidade desta.

    Que seja punido exemplarmente o malfetor. E que os companheiros gauchos acompanham, cobrem, insistam na aplicação da pena motorista que nos hororizou com sua brutalidade. Se os cidadãos naõ cobrarem, haverá um risco de mais um marginal premiado pela ausencia de punição.

    valci barreto
    cicloativista baiano, de salvador.

    publiquem a foto do malfeitor, assim que houver as provas de autoria desta brutal tentativa de homiidicio.

    bikebook.blogspot.com,
    muraldebugarin.com
    valcibarretoadv@yahoo.com.br
    www;.folhadoreconcavo.com.br

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  12. olha, se uma pessoa é capaz de justificar uma barbárie dessas, sinto pena profunda de uma existência tão estapafúrdia.

    essa mentalidade de que a rua é uma espécie de propriedade dos carros é realmente de gente que não pensa muito, quanto mais conseguir ter um pingo de visão crítica a respeito da cultura do carro...

    Achutti disse tudo: "e certamente também merecem uma rua desbloqueada, sem protestinhos, sem ninguém à sua frente a ATRAPALHAR o trânsito e fazer BADERNA. Sem ninguém à sua volta." - se tem, a gente se livra do estorvo é? ah, mas que é isso?

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  13. Manifestação terça, 01/03: http://massacriticapoa.wordpress.com/2011/02/28/manifestacao-nesta-terca-dia-0103/?like=1

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  14. sugiro fazer a próxima bicicletada domingo que vem, das 7h às 9h da manhã, para não atrapalhar o fluxo de automóveis nas ruas.
    assim evitaremos o horário de pico, não seremos atropelados por um cidadão descontrolado e, o que é melhor ainda, não precisaremos da polícia nem da EPTC.
    o que mais importa, agora, é não surrupiar o direito dos motoristas de transitar livremente em suas ruas (privadas?) durante o horário de pico, para não atormentarmos suas paciências e não roubarmos seu precioso direito de circular livremente pelas ruas da cidade.

    o movimento sequer consegue "bloquear" uma rua: o trânsito continua fluindo, mas um pouco mais devagar. o máximo que um motorista leva para achar uma via alternativa e escapar das bicicletas é 10 minutos, se tiver MUITO azar. Porto Alegre é cheia de vias alternativas, ainda mais na Cidade Baixa!
    sugiro trocar o argumento. esse não cola mais.

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  15. Interessante, os comentários dos que se opõem ao Massa Crítica só vêm a reforçar o sentido do movimento. Sugerir que os ciclistas andem sem "atrapalhar" o trânsito me parece com a política Don't Ask, Don't Tell... Você pode ser gay contanto que não choque as "pessoas de bem", e pode andar de bici contanto que não atrase os motoristas de automóvel... Tudo converge para a falsa noção de que existem os donos da sociedade, as pessoas que detém os direitos de ir e vir, de expressar-se, e existem os outros...

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  16. Fiquei impressionado. É exemplo de classe. Dolo eventual. Assume o risco e anui no resultado,toma em compra o resultado lesivo. Não importa se é legal ou legal, se é um porre a manifestação - e acho que é chato mesmo, me cansa - mas sem duvidas ele assume o risco e realmente anui no resultado. AW (não é anonimo, é AW)

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  17. pra os que acham que podem fazer bicicletada sem avisar a policia, so leia o art 5 XVI da consituicao

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  18. Independentemente de constituição ou não-constituição, tudo aquilo que entendemos por violência, em todos os níveis, do mais brutal e explícito à violência coercitiva e socialmente sancionada do direito positivo, e, inclusive, a violência auto-infligida, repousa no fato exercido de negação de uma alteridade; a violência, no sentido aqui proposto, se constitui na medida em que se exerce, desde um pólo de decisão individual ou social, de forma consciente ou em contextos que sugerem inconsciência, atos que negam a condição de “outro” do outro, ou seja, daquele(s) que não pertence(m) ao pólo de decisão. A isso chamamos “negação de uma alteridade”: a tentativa de neutralizá-la enquanto tal, aniquilá-la ou reduzi-la ao campo próprio de decisão do “mesmo”, da Totalidade auto-referente que tem a posse do discurso e a força para exercer o seu poder; não é possível compreender as infinitas manifestações da violência a não ser superando a fragmentação intelectual-emocional a que essas induzem por seu próprio acontecer. Assim, a maior das violências consiste em velar os vínculos profundos que qualquer ato violento tem com qualquer outro ato violento.
    Mas as infinitas formas de manifestação da violência no mundo contemporâneo não se dão com a mesma transparência à visibilidade. Em todos os níveis da vida contemporânea ocorre o exercício de formas múltiplas de negação da alteridade. Porém, enquanto algumas dessas formas são claras, inequívocas e exploradas socialmente, outras (por exemplo, a violência econômica) permanecem no campo de uma pretensa “naturalidade” – ou de uma “neutralidade”- à qual seria impossível escapar, realimentando assim o ciclo da própria violência. O início da compreensão do sentido que a violência assume no mundo atual passa pela compreensão dessa que é a “maior” de todas as violências: a desconexão entre a infinita cadeia de fatos que são, todos, expressões e traduções as mais diversas da mesma estrutura de negação da alteridade por um pólo poderoso e totalizante de decisão. assim, é possível pensar que a desarticulação da racionalidade violenta passe pelo questionamento radical de certos postulados da razão tidos como intocáveis pelo esclarecimento moderno e que, pregando a unidade racional da razão, na verdade acobertam a violência exercida contra outras racionalidades possíveis e reais.
    Ou seja, a questão não é de lei ou não-lei, mas de algo mais profundo - de mais radical. Qual o sentido do ato do motorista?

    Abraço,
    Ricardo Timm de Souza.-

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  19. Salo, quanta gente boa deixando comentário no melhor (anti)Blog da internet... Prof. Timm, sua pergunta não é UMA pergunta, mas A pergunta. Abraço a todos! Jader

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Se dessa vez a mídia tá colocando a culpa nos ciclistas, não vais poder reclamar da prisão do acusado, que a justiça foi influenciada pela mídia, como "sempre acontece"... hehehe

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  22. Devido a existência de "elementos" como este "senhor" que deliberadamente e cheio de dolo eventual passou por cima dos ciclistas, é que nunca vamos deixar de ser "Província de São Pedro" (bota, bombacha, cavalo no obelisco...). E como uma pessoa desse nipe trabalha no Banco Central?

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  23. Foi um total absurdo e uma brutalidade sem explicação, mas não acho que a reportagem tenha querido colocar a culpa nos ciclistas, porque ninguem é realmente obrigado a pedir permissão para sair de bicicleta na rua, acho que a idéia era a mesma de quando a gente sabe que uma pessoa foi assaltada numa rua escura, e comenta que ela deu sopa para o azar, não quer dizer que a culpa é da vitima, mas que nos tempos de hoje toda precaução ainda é pouca, e esse triste acontecimento é prova disso...

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