Em insólita palestra, operário da burocracia estatal, sob vestes de revolucionário-transgressivo e crítico (logicamente), aproveitando o fato de não estar do outro lado da segunda escrivaninha ao lado do escaninho principal da conservatória estadual, (con)funde o funcionalismo autoritário com a defesa dos direitos humanos:
- "O sub-sistema da execução deve dar condições para o apenado incorporar os valores da cultura dominante que são comunicados pelo sistema social ao ambiente comunitário no qual habitam as pessoas. Blá, blá, blá...", rumina, entre outros espasmos incompreensíveis - ou melhor, demasiado compreensíveis.
- "O sistema é fabuloso, o ser humano é que não é legal", cantam os discípulos disciplinados em louvor ao mestre meritocrático.
Oh Dionisus, condenai-os todos à eternidade hipostasiada...
Eles sabem muito bem o que dizem (e fazem), todos os dias, reiteradamente, sem pudores, crendo no Justo, no Bom, no Belo e no Verdadeiro.
Ter que colocar terno e gravata para ir assistir palestras como essa, parece dizer tudo...
ResponderExcluirO que importa é o que sobra, nos bares da Brahma da vida...
Todos os dias as coisas são assim. Gente que acha estar salvando o mundo, o acusado, a sociedade. Gente assim precisa de ajuda, embora seja de uma normalidade lancinante, tal qual Eichmann.
ResponderExcluirGrande abraço
Alexandre Morais da Rosa
Em outra postagem eu havia avisado sobre esse seminário...
ResponderExcluirAno que vem quero minha inscrição com um voucher do Brahma!!
O título do post não poderia ser mais perfeito.
ResponderExcluirBala! Deu pra perceber que hoje falaste sobre isso também...
ResponderExcluirVida? Não, o sistema não prevê essa "variável"...