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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cinema e Direito


O debate de ontem, com o Xande Wunderlich, sobre o filme Doze Homens e Uma Sentença, foi muito interessante.
A ruptura das fronteiras entre os saberes sagrados (científicos) e profanos é a única possibilidade de salvar um pouco o pouco que resta da pretensão de verdade do projeto da Modernidade.
O problema é que muitos pensadores, ao proporem aberturas, incorrem em dois erros comuns, derivados do vício dogmático-positivista: propor interdisciplinariedade apenas como forma de fundir dois discursos científicos e, se possível, criar nova especialidade ou realizar leitura ‘científica’ do fenômeno profano – no caso, dogmatizar a obra de arte cinematográfica.
O interessante do projeto Ciclo de Cinema do Círculo Universitário de Integração e Cultura (CUIC), sob a coordenação acadêmica da Profa. Judith Martins-Costa, notadamente nesta segunda edição dedicada ao tema Crime, Pena e Processo, é permitir que a obra de arte se transforme em uma lente de aumento para a análise das formas de atuação dos operadores jurídicos e para perceber o esgotamento das formas de produção da verdade processual.
E segue hoje com o Mox e o Pan. Amanhã com o Prof. Tupinambá Azevedo.

3 comentários:

  1. Deve estar MASSA.

    CRYIN' IN THE RAIN por nao poder me fazer presente...

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  2. Não se meus vícios dogmáticos permitiram uma leitura ou um olhar não científico da obra. Acho que não. Mas a intenção era cotejar elementos de vivência e demonstrar o debate plural como forma de busca do julgamento justo, sem verdades. Nos USA se condena com unanimidade - e olha que odeio os USA. Em outros lugares se condena por 4 a 3. O filme, para além de outras questões, discute as inumeras possibilidades de conceitura abstrações como a "dúvida razoável". Salo, foi muito bacana, muito mesmo.
    Xande

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  3. Nando, presta atenção numa cena que o Salo comentou, da versão 97, quando o jurado David diz ao jurado que é o último a virar o voto: "você não está julgando o seu filho". Bárbaro.

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