O primeiro livro que li de Saramago foi "Todos os Nomes". Tinha sido recentemente lançado e eu adquiri na sala de embarque do Aeroporto de Guarulhos. Era 1998 e eu estava indo morar em Roma para estudar, pesquisar, tentar escrever a tese de doutorado...
Ainda considero "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" o seu grande livro. Mas é difícil eleger um livro em específico quando na lista concorrem "Ensaio sobre a Cegueira", "Jangada de Pedra", "Memorial do Convento", "História do Cerco de Lisboa", "A Caverna"...
Pensei em não postar nada sobre sua morte.
Mas lendo sobre o luto das pessoas que o admiravam, encontrei uma cena que gostaria de partilhar e deixar como homenagem. Ela fala muito do que penso sobre José Saramago. Trata-se do momento após a exibição de estréia do filme "Ensaio sobre a Cegueira", dirigido por Fernando Meireles.
Perdemos O CARA. O que mais me dói é pensar que não haverá mais a sensação de entrar na Cultura e me deparar com mais uma de suas obras, recçem saída do forno. Daquelas que só mesmo um (sara)mago era capaz de criar...
ResponderExcluirSaber se emocionar é uma ironia muito bela. O mais cientificamente importante não é cientificamente ensinável. Em um ataque de loucura, resolvi amenizá-lo com filmes antigos: Casablanca e Grande Hotel na mesma madrugada. Há uma espécie de elegância sensível, muito antiga, presente nos dois filmes e no Saramago que, infelizmente, não vemos mais. Transbordou no vídeo. Bonito.
ResponderExcluirDisseste tudo, Zé...
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