Ontem, no início da noite, após um dia bastante agitado no escritório e depois de ter lecionado pela manhã, me dirigi para o Bairro Guajuviras, em Canoas.
Eu e a Mari, a partir de um convite da Lis Pasini e da Rubia Abs - ambas da Themis -, fomos ministrar um curso sobre uso de drogas e sistema penal, no Projeto Mulheres da Paz - uma das inúmeras estratégias de formação de mulheres multiplicadoras de cidadania, patrocinado pelo Pronasci e coordenado pela Themis.
No Território da Paz, após asistirmos ao filme "Bicho de Sete Cabeças", conversamos com as pessoas que estavam fazendo a capacitação. Ao contrário da ideia inicial - que era de uma aula/palestra - passamos a noite discutindo com as mulheres da comunidade sobre seus dramas pessoais e familiares, as dificuldades que a comunidade enfrenta em relação às drogas e os efeitos perversos da criminalização.
Saímos do encontro muito emocionados. A afetividade do grupo de mulheres, sua disposição em realizar uma formação com intuito exclusivo de ajudar as pessoas da comunidade e, para espanto de alguns acadêmicos mais ortodoxos, a surpresa em relação às inúmeras conclusões expostas sobre o problema. Conclusões intuitivas, muitas vezes alcançadas pelo sofrimento profundo, mas que não constituem questões importantes para o pensamento criminológico ascético - sim, é de Vossas Excelências, neo-positivistas, que estou falando.
Clique aqui para conhecer o projeto.
Salo e Mariana contribuindo com a Thêmis, num projeto que tem por objetivo contribuir com a formação política de mulheres que lutam por um mundo melhor. Lembrei do Galvão Bueno dizendo "Tuuudo a ver"!
ResponderExcluirAbraços com o calor do sol paraibano.