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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Criminologia nos Entre-Lugares: Diálogos entre Inclusão Violenta, Exclusão e Subversão Contemporânea [CriminologiaS]

"(...) Não penso que a criminologia deva ser alguma coisa conceitualmente definida, mas deve poder ser assistemática e anti-formalista. Compreendo que a dissertação está legitimada no âmbito criminológico, pois o intuito foi acrescentar perspectivas contra-ideológicas ao discurso do controle formal genocida (a dissertação parte desta perspectiva, não creio ser necessário retomar sempre todo o saber da criminologia crítica) e do controle informal. Quanto ao controle informal sustenta-se, desde uma epistemologia conjuntiva, a possibilidade de concordar com o discurso crítico da maximização da contenção informal dentro das cidades, mas sem deslegitimar a existência de fenômenos outros, derivados ou concorrênciais, do mesmo contexto social.
Não me parece crível sustentar que todos os ajuntamentos coletivos possam ser lidos desde um único sentido. Se é necessário um discurso de combate, uma criminologia libertadora ou uma contra-ideologia emancipatória, ele deve começar pelo destroçamento de qualquer arrogância intelectual que restrinja o movimento social a mapas intelectuais. Se a busca da legitimação é hoje preocupação central do poder , a dissertação visa deslegitimar a apropriação da crítica social sobre as relações humanas como forma de legitimação da atuação punitiva sobre novas formas de desvio comunitário, salientando suas potencialidades. Refletir sobre dinâmicas adstritas aos conflitos cotidianos e lógicas micro é tema cuja importância parece crescente em um tempo onde o espaço não se oferece na mesma fixidez de outrora, abrindo outros campos de combate político, micropolítico." (Da Introdução de José Antônio Gerzson Linck, autor da Coleção CriminologiaS)

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