“A metodologia é importante demais para ser deixada aos metodólogos.” (Howard S. Becker)
"O livro tem como objetivo problematizar as formas usuais de redação dos trabalhos de conclusão (monografias, dissertações e teses) nas Faculdades de direito. Procura apontar os inúmeros equívocos derivados da supervalorização dos procedimentos de investigação e propor algumas alternativas viáveis para romper com herança burocrática que é uma das responsáveis pela estagnação da pesquisa no direito.
Procuro, através deste trabalho, debater com os alunos e com os professores possibilidades diversas de pesquisa, fundamentalmente como abordar conteúdos de forma não-burocrática.
Elaborei a monografia em forma de diálogo. Para efetivar esta troca de experiências dividi o trabalho em dois momentos. No primeiro descrevo uma espécie de pauta negativa sobre a pesquisa acadêmica: como não fazer uma pesquisa. No segundo, em uma pauta positiva, aponto algumas saídas possíveis que aprendi e desenvolvi durantes meus 15 anos de docência: como é possível fazer uma pesquisa. O momento propositivo foi construído a partir de estudo de casos que considero representativos em termos metodológicos e com qualidade no conteúdo da análise.
Creio que a apresentação de trabalhos acadêmicos virtuosos (projetos de pesquisa, monografias, dissertações e teses) permitirá aos alunos e aos professores perceber a infinita quantidade de métodos possíveis para além da mera revisão bibliográfica.
Espero, sinceramente, que este livro colabore para que os pesquisadores realizem um diagnóstico dos problemas que a pesquisa jurídica enfrenta atualmente, visualizem maneiras outras de investigação e aumentem o diálogo qualificado entre corpo docente e discente." (Salo de Carvalho, Porto Alegre, inverno de 2011)
"AGRADECIMENTOS
As pesquisas acadêmicas sempre guardam uma natureza coletiva. Embora na maioria dos casos seja redigido solitariamente, são inúmeras as pessoas que possibilitam a construção da escrita.
Os primeiros agradecimentos devem ser dirigidos à equipe de profissionais do Escritório, pois, em decorrência de sua generosidade, projetos como este podem ser efetivados: Alexandre Wunderlich, Antônio Tovo Loureiro, Camile Eltz de Lima, Eduardo Miguel Serafini Fernandes, Gisele Maldonado Barcellos, Juliana Oliveira Rocha, Lilian Christine Reolon, Marcelo Azambuja de Araújo, Paulo Saint Pastous Caleffi, Renata Saraiva, Sueli dos Santos Meireles, Tatiana Gayer Lopes, Vanessa Masera Philomena e Vanessa Trindade da Luz.
A ideia do livro surgiu das discussões com os meus orientandos do curso de graduação em direito da UFRGS. Inúmeras questões presentes no livro foram debatidas com os alunos, motivo pelo qual sou muito grato a Bruna Rossol, Caroline Guerra, Chiavelli Facenda Falavigno, Eduardo Georjão Fernandes, Fabricio Scheffer, Fernanda Drews Amorim, Gabriela Feldens, Henrique Buhl Richter, Júlia do Canto Soll, Juliana Ribeiro de Azevedo, Luciano Bianchi, Natália Píffero dos Santos, Samuel Sganzerla e Tomás Chaves.
Os integrantes do Grupo de Estudos em Ciências Criminais (GCrim) colaboraram decisivamente para o aprendizado de como é possível realizar pesquisas que integram plenamente corpo docente e discente: Arthur Amaral Reis, Antonio Goya Martins Costa, Clarissa Cerveira de Baumont, Eduardo Gutierrez Cornelius, Érica Santoro Lins Ferraz, Felipe Bertoni, Flora Barcellos de Valls Machado, Greice Stern, Leonardo Gunther, Mariela Wudich, Paula Gil Larruscahim e Vitor Guimarães.
Para realizar o trabalho, utilizei textos de queridos amigos que considero corresponsáveis pelos resultados apresentados: Alethéa Vollmer Saldanha, Carla Marrone Alimena, Davi Tangerino, Fauzi Hassan Choukr, Fernanda Bestetti de Vasconcellos, Geraldo Prado, Grégori Elias Laitano, Janaína de Souza Bujes, Lenio Streck e Marcelo Mayora Alves.
Germano Andre Doederlein Schwartz e Renata Almeida da Costa contribuíram com importantes críticas e indicações de leitura.
Thaís Weigert realizou importantes revisões no texto.
No final ou no princípio Mariana de Assis Brasil e Weigert, por ser Mari."
Prezado Salo,
ResponderExcluirOuvi recentemente na CBN que o Brasil é um dos países com pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no mundo. E o educador entrevistado disse que uma das causas seria a "inutilidade" de nossas pesquisas. Isso para todas as áreas. Imagino no Direito. Estive no seminário do IBCCRIM (XV) e vi sua palestra sobre metodologia. Concordei com a mesma do início ao fim. Mas vi também uma crítica sua para com os dogmáticos que me deixou um pouco "na dúvida" sobre o que querias dizer.
Enfim, vou ler ansiosamente o livro e aproveito para parabenizá-lo pelo excelente conteúdo de seu blog.
Respeitosamente, Marcel F.G.
valeu marcel!
ResponderExcluireu é que agradeço, parceiro.
ResponderExcluirSalo sempre foi autêntico e fiel aos seus ideais. Sou testemunha como Sancho, desse trabalho Quixotesco. Parabéns ao meu irmão-de-alma por mais essa publicação. AW
ResponderExcluirvaleu sancho poncho!
ResponderExcluirJá está nas bancas? No site da lumen não tem nada ainda!
ResponderExcluirUm abraço!
Carlos Henrique
acho que ainda demora uns 10-15 dias, carlos.
ResponderExcluirA metodologia científica normalmente é posta em segundo plano em graduações tanto pelos estudantes (que pouco pretendem produzir) quanto por professores que, às vezes se resumem a ditar regras de ABNT. É interessante promover um pensamento que vá além da formatação do word, da pesquisa jurisprudencial básica, ou da pesquisa de campo com questionários que pretendem estratificar vidas com perguntas de múltipla escolha. Como o senhor disse algumas vezes no blog, os TCCs, às vezes não dão importância para as vidas sendo objeto de mérito próprio por parte de quem fez. Em dois anos vou precisar escrever o meu; tomara que não caia nesse erro. Parabéns pela iniciativa professor.
ResponderExcluirMuito ninja!
ResponderExcluirTo louco pra ver.
Nosso Becker Farroupilha! Parabéns. Tô no aguardo.
ResponderExcluirola, parabéns pelo blog.
ResponderExcluirquando o livro estará disponível?? no site da editora nao encontrei