É impressionante uma espécie de discurso autoritário que nega à sociedade civil o direito à memória e à verdade, afirmando que as Comissões seriam parciais, pois "só olham um lado da História."
Esquecem, por ignorância ou má-fé, que os "subversivos" foram acusados, processados, julgados e formalmente condenados pelos Tribunais da Justiça Militar. Não invariavelmente, sofrendo tortura (instrumento processual de prova) pelos agentes públicos, quando não simplesmente assassinados por operadores de um Estado terrorista.
Impedir a responsabilização, sob o argumento de uma parcialidade irreal, representa uma injustificável inversão ideológica do sentido histórico dos direitos humanos, muito comum nas mentes autoritárias, saudosas da violência verde-oliva.
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quinta-feira, 9 de agosto de 2012
sábado, 23 de abril de 2011
De Estrangeirismos e Autoritarismos Xenófobos
Algo além do fato de ser o reflexo de uma postura política provinciana, me deixou (muito) incomodado a aprovação da "Lei contra os Estrangeirismos", do deputado Raul Carrion (foto ao lado) - O Projeto 156/2009 obriga a tradução de expressões ou palavras estrangeiras para a língua portuguesa, sempre que houver no idioma uma palavra ou expressão equivalente.
Não parecer estar em questão - ou ao menos não parece ser a questão central -, o fato de que vivemos em um mundo cada vez mais destituído de fronteiras, onde a informação é veiculada sem limites de nação ou de língua, e que projetos desta natureza representam caricaturas da política do século passado. Política que resumia tudo e todos em estereótipos contrapostos.
E igualmente parece não ser o ponto principal o fato de que Leis inócuas não são cumpridas.
O que efetivamente me deixa assustado com Leis 'purificadoras' é o seu nítido corte autoritário e xenófobo. Xenofobia, conforme Houaiss, é a "desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país."
Os 'procedimientos de limpieza' foram, durante a Idade Média, o principal mecanismo da Inquisição para proteger a sua cultura das influências estrangeiras. A lógica era bastante simples: a cultura deve estar imune às impurezas externas; o outro é um perigo que deve ser eliminado.
Não preciso comentar que as práticas totalitárias do Século XX foram fundamentadas, em praticamente sua integralidade, neste ideal de pureza.
E, em pleno Século XXI, parece não haver mais espaço para cultivar sentimentos de exclusão cultural que moldaram as políticas genocidas do Século XX - diga-se, a 'grande política' dos blocos autoritários de direita e de esquerda.
Não parecer estar em questão - ou ao menos não parece ser a questão central -, o fato de que vivemos em um mundo cada vez mais destituído de fronteiras, onde a informação é veiculada sem limites de nação ou de língua, e que projetos desta natureza representam caricaturas da política do século passado. Política que resumia tudo e todos em estereótipos contrapostos.
E igualmente parece não ser o ponto principal o fato de que Leis inócuas não são cumpridas.
O que efetivamente me deixa assustado com Leis 'purificadoras' é o seu nítido corte autoritário e xenófobo. Xenofobia, conforme Houaiss, é a "desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país."
Os 'procedimientos de limpieza' foram, durante a Idade Média, o principal mecanismo da Inquisição para proteger a sua cultura das influências estrangeiras. A lógica era bastante simples: a cultura deve estar imune às impurezas externas; o outro é um perigo que deve ser eliminado.
Não preciso comentar que as práticas totalitárias do Século XX foram fundamentadas, em praticamente sua integralidade, neste ideal de pureza.
E, em pleno Século XXI, parece não haver mais espaço para cultivar sentimentos de exclusão cultural que moldaram as políticas genocidas do Século XX - diga-se, a 'grande política' dos blocos autoritários de direita e de esquerda.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Sobre os Poderes Punitivos e Policialescos
A sugestão do post foi do Xande Wunderlich.
A foto foi manchete nas últimas semanas: Policial Militar do Rio de Janeiro borrifa spray de pimenta no rosto de uma criança, durante a manifestação dos ex-moradores do Morro do Bumba, em Niterói, que exigiam o pagamento do aluguel social após as tragédias do ano passado.
Isto é para quem ainda acredita nos atos 'regulares' dos poderes punitivos.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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