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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Abolicionismo e Justiça Restaurativa


Fico bastante reticente em escrever sobre algo que tenho plena consciência que não domino. Aliás, tenho certa desconfiança de pessoas que tem "aquela opinião formada sobre tudo", como diria (Toca) Raul!

Ontem fui assistir a primeira mesa do Seminário Interdisciplinar sobre Justiça Restaurativa na PUC, organizado pelo Daniel Achutti e pela Raffa Pallamolla.

Confesso que em grande parte motivado para ver a palestra do Timm, que sempre é (como foi) uma grande experiência.

Ao ouvir a fala do Afonso Konzen, me detive nas críticas que ele apontou como correntes à Justiça Restaurativa: ingenuidade, romantismo e messianismo. Pela tonalidade exposta, foi possível experimentar a mesma reação que advinha nas críticas ao abolicionismo, fundamentalmente aquela da ingenuidade em relação ao ser humano. Sempre foi atribuído ao abolicionismo um certo otimismo ingênuo em relação ao ser humano, como se a corrente prático-teórica compartilhasse espécie de rousseauísmo juvenil crente no bom selvagem - a crítica foi direcionado sobretudo ao Hulsman (inclusive por mim, em outro momento, no Pena e Garantias).

É incrível como os discursos de reação se repetem na resistência contra qualquer prática que rompa com a lógica beligerante do processo penal.

Sobretudo este motivo - não que inexistam outros - despertou em mim o interesse pelo tema.

3 comentários:

Pandolfo disse...

Se a justiça restaurativa não for uma espécie de ainda-não "jurídico" é pq expirou o próprio momento da justiça - nos termos de J.Derrida.

Achutti disse...

bala, velho!! não fazia ideia disso...
PS: paper pronto! em seguida te mando!!

viajandona disse...

meu tcc é sobre JR e abolicionismo penal, suas similitudes e o que um movimento teria a contribuir ao outro, enfim. Esse enfoque eu não abarquei,mais um tanto a pensar.[valeu pela instigação]