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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Sobre a Minha Candidatura ao Parlamento


Deixei para escrever este post depois do prazo de inscrições dos candidatos aos cargos majoritários e proporcionais.
Inicio dizendo que a canalhice não tem limites. 
Muita coisa foi dita durante as manifestações dos estudantes contra a homologação do concurso da UFRGS. Algumas infantilidades - próprias do pensamento "lacerdinha", como designa Juremir Machado da Silva – eu já esperava, notadamente a de que eu seria o "articulador" das ocupações. Afirmações deste nível, infelizmente provenientes do ambiente acadêmico, ignoram solenemente a capacidade de reflexão e de crítica dos estudantes. Aliás, é fruto de uma concepção pedagógica terrorista que entende o aluno com um recipiente vazio que deve/pode ser preenchido pelo conhecimento do mestre. Além de uma grande bobagem, é um desrespeito aos estudantes e a forma pela qual reinventam, cotidianamente, a política. Trata-se de afirmação de quem se perdeu no processo histórico, de quem não tem condições intelectivas de compreender a “era das marchas e das ocupações” e a novas formas de a juventude se articular, expor suas ideias e, sobretudo, transformá-las em ato. Sobre o tema tenho redigido alguns papers e em breve disponibilizarei um artigo que está no prelo.
Mas o que me deixou bastante impressionado – e por isso afirmo que a canalhice não tem limites – foi circular a “informação” de que toda a movimentação que ocorreu, “sob o meu comando”, seria parte de uma estratégia política para lançar meu nome a um cargo eletivo. Tais notícias, postas sempre em meia voz, foram tema de debates em alguns círculos acadêmicos em certas Faculdades de Direito da província.
Pois bem, para decepção daqueles que haviam encontrado “o” motivo dos acontecimentos do primeiro semestre, sinto informar que não apenas não sou (e não pretendo ser) candidato a qualquer cargo eletivo, como nunca tive ficha de filiação em nenhum partido político.
Logicamente que isso não me impede de tomar posições quanto aos rumos da política partidária nacional, como tenho tomado. Mas os motivos das minhas escolhas para a próxima eleição serão declinados ao longo da campanha. Neste momento, esta é a única informação que pretendia dar, para deixar claro que a luta que continua sendo travada não é por centésimos (de nota), mas por transparência e idoneidade nos processo públicos de seleção para docentes.

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