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[disponibilizo livros e artigos para download em Academia.edu e Scribd]

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sábado, 30 de janeiro de 2010

Golf, Sem-Tetos e Nimby

A Aline deixou comentário no post sobre golf com o link de uma apresentação do George Carlin. Eu sempre achei interessante esta cultura norte-americana do stand-up comedy. Comentei que sou fã do Michael Moore e o seu programa de stand-up, The Awful Truth, é simplesmente genial.
Bueno, segue a indicação que a Aline deixou. Vale cada segundo da apresentação.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Criminologia Cultural


Framing Crime: Cultural Criminology and the Image, publicação de Keith J. Hayward e de Mike Presdee (falecido no final de 2009), ambos professores da Universidade de Kent/UK, analisa a nebulosa fronteira entre o real e o virtual em um mundo no qual proliferam imagens do crime e do desvio; no qual cada representação do crime e do criminoso é refletida em 'vast hall of mirrors’.
Disponível na Amazon (clique aqui).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ridiculum Vitae


O cara acorda 08:30 da manhã para ir trabalhar. Reunião, prazos etc. Antes de tomar banho, abre o computador, lê (e responde) todos os e-mails, lê o jornal on-line, confere os blogs dos parceiros - Ze Linck voltou a escrever, Guta segue em sua organização, Jan procurando apartamento em Madrid (o que ela anda fazendo por lá?), Divan analisa o FSM, Andrea discorre sobre afetividades, Érica escreve sobre traições.
Prepara algo (leve, quase leviano) para comer e olha pela janela.
No clube em frente, um empresario (moral), acompanhado por assistente ('caddie', assim o chamam) cuja função única é carregar tacos e um enorme guarda-sol, tenta, sem sucesso algum, acertar uma bolinha em um buraco situado na grama indicado por uma bandeira.
O cara pensa: "o que leva um sujeito acordar esta hora da manhã para praticar este esporte?".
Sem resposta, segue para o trabalho.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ética e Genética; Walter Benjamin; Judiciário


O tema da ética na pesquisa me interessa bastante, sobretudo em tempos de neurocriminologias.
Ao pesquisar sobre o tema encontrei material nos Dossiês da USP - Revista da USP.
A publicação é antiga (1995), mas os textos do Dossiê Ética e Genética são de grande valia e a discussão é fértil. O material está disponível na web (clique aqui).
No mesmo local, interessante publicação sobre Walter Benjamin (clique aqui), de 1992.
No mesmo sentido o Dossiê Judiciário, igualmente disponível (clique aqui), de 1994.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Liberdades


O IBCCCrim disponibilizou on-line o terceiro volume da Revista Liberdades (clique aqui).

Nesta edição são entrevistados Sérgio Salomão Schecaira e o colega da PUCRS Fábio Roberto'Ávila, além da publicação dos seguintes artigos:

A exclusão da proteção única do gênero feminino na Lei 11.340/2006, Débora Faria Garcia
Proteção de bens jurídicos e crueldade com animais, Luís Greco
Terrorista é criminoso. Criminoso não é coitado. Também não é herói, Janaina Conceição Paschoal
A entrega de brasileiro nato ao Tribunal Penal Internacional, Jorge Cesar Silveira Baldassare Gonçalves
Os limites da presunção no processo penal, Gabriel Bertin de Almeida

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

16o Congresso Mundial da Sociedade Internacional de Criminologia


A Associação Japonesa de Criminologia está organizando o 16o Congresso Mundial da Sociedade Internacional. O 15o foi sediado em Barcelona, em 2008.
O site oficial é o http://wcon2011.com/.
O Evento ocorrerá entre 05 e 09 de agosto de 2011, em Kobe, e o tema geral é "Global Socio-Economic Crisis and Crime Control Policies: Regional and National Comparison".
Como sub-temas estão previstos: 1. Global Economic Crisis and Criminology; 2. Models of State and Crime Prevention Strategies; 3. Corporate and Business Crime; 4. Frontiers of Clinical Criminology.
é possível submeter papers para apresentação até o final de julho deste ano, em inglês, francês, espanhol e japonês.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ensino e Aprendizado


Quem acompanha o Antiblog já leu inúmeros posts sobre ensino, papel do docente e aprendizado na sociedade atual.
Inúmeros fatos do cotidiano acadêmico me deixam muito triste e, em determinados momentos, decepcionado com a docência. Sobretudo pela forma como determinadas relações, pessoais e institucionais, se consolidam.
A última semana demonstrou, vez mais, como certos processos acadêmicos se tornam antipedagógicos e, até mesmo, cruéis. Mas não escreverei sobre isso.
Escrevo este post para compartilhar minha extrema satisfação em ter participado de três bancas de dissertação de mestrado que, ao meu ver, dão a exata dimensão do que penso deva ser a academia.
As bancas do Alexandre Pandolfo, do Marcelo Mayora e da Carla Alimena, que compartilhei com os professores Ricardo Timm, Sardi, José Carlos Moreira da Silva Filho, Vera Andrade, Rodrigo Azevedo, Ney Fayet Jr e Ricardo Aronne, encerraram produtivos e saudáveis encontros de ensino e de aprendizado mútuos.
Desde o meu ponto de vista, orientação é, acima de tudo, encontro. Encontro para trocas, para aprendizado mútuo, para consolidação de cumplicidades.
Isto porque a 'orientação' inicia, necessariamente, a partir da identificação entre as perspectivas teóricas do orientador e do orientando. No entanto, ao longo do processo, a consolidação de uma certa identidade entre orientador e orientando cria situação de cumplicidade que permite que ambos sejam avaliados pela banca. Para além da avaliação do trabalho que está sendo defendido, a banca avalia o processo de orientação, ou seja, este encontro entre orientando e orientador que emerge no trabalho. Por isso as eventuais críticas e os elogios nunca são exclusivamente ao trabalho, ao orientando ou ao orientador, mas à forma pela qual orientador e orientando estabeleceram e sustentaram (ou não), durante o período acadêmico, este encontro. O trabalho final, repito, inexoravelmente reflete o (des)encontro que foi realizado por ambos.
As dissertações do Pan sobre a 'forma mentis' violenta do saber criminológico, do Mayora sobre a intervenção penal na cultura das drogas e da Carla sobre o entrelaçamento entre criminologias e feminismos, são exemplos de processos de orientação férteis que resultaram trabalhos finais excelentes.

Punitivismo


O ano termina com quase meio milhão de presos”, este é o título do artigo publicado no CONJUR, em 29 de dezembro de 2009, por Edward Carvalho, Luis Guilherme Vieira (na charge) e Rodrigo de Oliveira.

Triste realidade de um país que caminha acelerado na consolidação de um Estado Penal.
Motivo pelo qual o garantismo segue como importante instrumento prático-teórico de contenção das violências - apesar das inúmeras inversões ideológicas que o discurso sofre cotidianamente com objetivo, explícito ou não, de ampliar o punitivismo.

Jazz e Oficina de Blogs Literários


Recebi dois e-mails com dicas interessantes.

O Alexandre Wunderlich, meu amigo-irmão-sócio, enviou a dica da oficina de blog literário que o Carpinejar está oferecendo. São seis encontros no final de janeiro e início de fevereiro que ocorrerão na Clínica Verri, na Tobias da Silva, Moinhos de Vento. Maiores informações no atendimento@clinicaverri.com.br.

A Elisa Celmer, mestre pelo PPGCCrim e professora na FURG, encaminhou os dados do projeto que o J. C. Celmer realiza em Rio Grande. O programa "Caminhos do Jazz" pode ser ouvido pela web todos os domingos, das 20 às 22 horas, no sítio http://www.radio.furg.br/. Além disso, o J. C. Celmer realizou projeto intitulado "Conexão Jazz", que trouxe para Rio Grande vários nomes do jazz nacional e internacional. O projeto anda suspenso mas há idéia de realizar, em meados de 2010, um festival de jazz na cidade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Pirataria Autorizada e Direitos Autorais


Há algum tempo um parceiro da rede dos criminoblogueiros enviou um endereço do 4shared que continha inúmeros livros de Ciências Criminais.
Eu não conhecia o 4shared mas fiquei impressionado com a quantidade de livros disponibilizados - em sua maioria da denominada 'crítica ao direito penal', mas alguns da manualística asséptica. Vários meus, inclusive.
Bueno: informo que se alguém tiver interesse, tem a expressa autorização para baixar os livros de minha (co)autoria. Trata-se de consentimento explícito que, no caso de violação de direitos autorais, exclui a ilicitude do fato. Informo, ainda, que minha conduta ao divulgar o referido sítio é, exclusivamente, voltada à divulgação e acesso aos meus textos pelos leitores do Antiblog (clique aqui).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Etnografia à Sangue Frio


Fui presenteado pela Mari com o livro do Capote, "A Sangue Frio". Há tempos, diga-se. Fiquei protelando a leitura, pois sempre há algo urgente a ser lido.

Tinha visto dois filmes baseados no livro que, segundo o próprio Capote, inaugurava um novo gênero, o "romance não-ficcional". Algo entre a literatura e o jornalismo.

Capote levou 06 anos para publicar a narrativa do assassinato da família Clutter, ocorrido em 1959, em Holcomb, Kansas, uma pequena vila no interior profundo dos Estados Unidos.

Durante os seis anos de pesquisa, o cara se mudou para a pequena cidade, conviveu com a comunidade durante praticamente 02 anos, realizou número infinito de entrevistas, presenciou o local dos fatos, conversou com os autores do homicídio e acompanhou-os até a execução da pena capital.

A narrativa é impressionante, pois o autor realiza profunda imersão no seu campo e apresenta o 'caso' a partir do diálogo franco com pessoas que, de forma evidente ou distante, se sentiram envolvidas. Sem pudores, sem moralismos e com muita paixão.

Etnografia é romance não-ficcional, como sugeriu a Mari recentemente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Inquisitorialidade e Reforma do CPP


Vi no blog do Alexandre Morais da Rosa a entrevista que o Jacinto Coutinho, meu sempre professor-orientador, concedeu a Marina Ito, do Conjur.

Interessante perceber o olhar do Jacinto, membro da Comissãode Reforma, sobre o Projeto do Novo Código de Processo Penal.

A chamada da entrevista é provocadora, como sempre será o Jacinto: "Não adianta punir os ricos para equilibrar a balança" (clique aqui).

sábado, 9 de janeiro de 2010

Jazz Fusion

Se a minha adolescência foi embalada pelo rock, depois de 'velho' comecei a ouvir jazz - sem abandonar o rock, logicamente. Minha entrada no jazz foi com Tom Jobim. Brazilian jazz, diriam os gringos.
O que me fascina no jazz é a abertura extrema às fusões. Fusões de ritmos, de estilo. Fusões de culturas, em última análise. Claro que há, como em todo estilo musical, uma vertente fundamentalista que toca um jazz cartesiano, preso à forma, acadêmico - no pior sentido da palavra.
Bueno. Escrevo este post para compartilhar uma descoberta incrível: Hamilton de Holanda.
Na quinta-feira, junto com a Mari, a Raffa e o Achutti, fomos assistir a noite de abertura do 14o Festival Internacional de Jazz de Punta del Este. Sempre há uma 'noite do Brasil', inclusive com o apoio da Embaixada brasileira, e o Festival iniciou com o Benjamin Taubkin Trio + 1 e, após sua apresentação com a convidada Tatiana Parra, subiu ao palco o Hamilton de Holanda Quinteto.
Indescritível a apresentação da banda. Mais: ontem, no intervalo das apresentações do Franco Luciani Cuarteto (AR) e da banda da Terri Lyne Carrington (EUA), Paquito D'Rivera (Cuba/EUA), diretor musical do evento, fez uma jam denominada Jazz entre Amigos com a participação especialíssima do Hamilton de Holanda.
Abaixo uma apresentação do quinteto, interpretando Brasilianos.
Brazilian jazz na veia! No melhor da tradição das fusões que, como ninguém, sabemos fazer - não só na música.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Debates Pertinentes


Acaba de ser publicado livro produzido pelos professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, intitulado Debates Pertinentes para Entender a Sociedade Contemporânea.

É o primeiro de série de três volumes, que correspondem ao ciclo anual de palestras promovidas pelo PPGCS em parceria com o Instituto Goethe.

Especial destaque para os trabalhos dos professores Emil Sobotka e Rodrigo G. Azevedo, igualmente professores do PPGCCrim.

O livro está disponível em e-book no site da Edipucrs e o acesso é livre (clique aqui)

A Fundação da Norma


A Profa. Ruth Gauer, coordenadora do PPGCCrim, acaba de lançar em e-book o livro "A Fundação da Norma". O tema tem sido objeto dos seus estudos nos últimos anos. Inclusive ofereceu a disciplina de Tópicos Especiais no Mestrado com o mesmo título da publicação. Leitura obrigatória para os alunos (e futuros alunos) do curso. Mas, sobretudo, para quem quiser entender um pouco mais sobre a complexidade de cultura contemporânea.
O livro está disponível no site da Edipucrs e tem acesso livre (clique aqui).

'The Big One'

Não sei se comentei no Antiblog, mas se tem uma cara que sou fã de carteirinha é o Michael Moore. Desde que li o Estúpidos Homens Brancos e vi o Tiros em Columbine, procuro acompanhar o que o cara anda fazendo.
O mais recente documentário, ainda não lançado no Brasil, se chama 'The Big One', e trata da questão Nike.
Abaixo a entrevista dele com Phil Knight, Presidente da corporação.

Crime, Media, Culture


A Crime, Media, Culture, criada em 2005, é um dos principais veículos de divulgação dos trabalhos de Cultural Criminology.
Disponibilizado na web o volume 05, número 03 (clique aqui), relativo aos meses de outubro a dezembro de 2009.
Neste volume estão publicados os seguintes artigos:
* Making art from evidence: Secret sex and police surveillance in the Tearoom, Katherine Biber and Derek Dalton
* Singing across the scars of wrong: Johnny Cash and his struggle for social justice, Kenneth D. Tunnell and Mark S. Hamm
* Retaliate first: Memory, humiliation and male violence, Simon Winlow and Steve Hall
* Cautionary tales: Drug-facilitated sexual assault in the British media, Sarah E H Moore
* Forgotten union: Belfast now, C.J. Clarke
* Regulating social space: Begging in two South Asian cities, Julia Wardhaugh
* Book Review: Crime, Culture and the Media, Eamonn Carrabine Cambridge: Polity, 2008.
* Book Review: Existentialist Criminology, Ronnie Lippens and Don Crewe (eds)London: Routledge Cavendish, 2009.
* Book Review: The Culture of Vengeance and the Fate of American Justice, Terry K. Aladjem New York: Cambridge University Press, 2008

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Do Céu ao Inferno


O Fernando Tuduri, ex-aluno de Criminologia na graduação da PUC e leitor do Antiblog, enviou a entrevista realizada pela Caros Amigos com o prof. Nilo Batista sobre a questão da segurança pública no Rio de Janeiro.
Inseri a entrevista no site do ITEC e disponibilizo para leitura (clique aqui).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Szasz


"If you talk to God, you are praying;
If God talks to you, you have schizophrenia."
(Thomas S. Szasz, The Second Sin, Anchor/Doubleday, Garden City, NY. 1973, p. 113)

Antipsiquiatria - Dicas do Parceiro da Amazon


Sou um fã incondicional de Thomas Stephen Szasz.
O cara tem uma trajetória longa de denúncia do discurso moral da psiquiatria e da psiquiatrização da sociedade.
Sua tese, The Myth of Mental Illness: Foundations of a Theory of Personal Conduct, foi publicada no mesmo ano que Erving Goffman publica Asylums: Essays on the Social Situation of Mental Patients and Other Inmates, em 1961. Coincidência (ou não), 1961 é a data da defesa de tese de Foucault - Histoire de la Folie à l’Âge Classique.
A extensão de sua obra é impressionante. Seu conteúdo versa, sobretudo, sobre os temas relativos à saúde mental, à relação do sistema de justiça (criminal) com o saber psiquiátrico, ao uso de drogas e, mais recentemente, às neurociências.
Dentre os principais, exemplificativamente, é possível citar: Law, Liberty, and Psychiatry: An Inquiry into the Social Uses of Mental Health Practices (1963); Psychiatric Justice (1965); Ideology and Insanity: Essays on the Psychiatric Dehumanization of Man (1970); The Manufacture of Madness: A Comparative Study of the Inquisition and the Mental Health Movement (1970); Schizophrenia: The Sacred Symbol of Psychiatry (1976); Psychiatric Slavery: When Confinement and Coercion Masquerade as Cure (1977); The Myth of Psychotherapy: Mental Healing as Religion, Rhetoric, and Repression (1978); Cruel Compassion: Psychiatric Control of Society's Unwanted (1994); The Meaning of Mind: Language, Morality, and Neuroscience (1996); Liberation By Oppression: A Comparative Study of Slavery and Psychiatry (2002); Faith in Freedom: Libertarian Principles and Psychiatric Practices (2004); Szasz Under Fire: The Psychiatric Abolitionist Faces His Critics (2004); Coercion as Cure: A Critical History of Psychiatry (2007); The Medicalization of Everyday Life: Selected Essays (2007).
Muitos títulos são encontrados em português.
Sua luta contra o poder configurador de violência do discurso psiquiátrico, nos últimos livros, é direcionado à falácia das neurociências.
O meu amigo da Amazon enviou a dica do seu mais recente livro, Antipsychiatry: Quackery Squared.
Boa dica de leitura para iniciar o ano.