Os fatos foram narrados no jornal Zero Hora (leia aqui).
A juíza da Vara da Infância e da Juventude, ao perceber que jovens que prestavam depoimento estavam nitidamente medicados, oficiou a FASE, para obter informações.
Em resposta, o psiquiatra responsável responde: “(...) por que medicar se em sua maioria não são doentes? Não há como colocar que nossa clientela é doente mental em proporcionalidade maior que a preconizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Então por que se medica tanto na Fase? A resposta é simples e definida em uma única palavra: ÓCIO.”
A medicação psiquiátrica foi transformada em instrumento de terapia ocupacional.
Eis o nível do punitivismo provinciano.
E lembre-se da preocupação do nosso Governo estadual com os Direitos Humanos...
A solução, como se imagina, será afastar os bodes expiatórios (psiquiatra e o monitor), para demonstrar aos meios de comunicação que a Secretaria de Direitos Humanos não é conivente com a situação.
E em duas semanas os meninos voltarão a ser medicados contra o ócio.
2 comentários:
É professor o tema é trágico...
O que dizer?
Salo, não sei nas condições que essas pessoas se encontram na FASE (encarceramento), por mais absurdo que possa parecer (e errado), eu não preferiria estar dopado para aguentar o ÓCIO. Dentro desse punitivismo absurdo, me parece que um calmante, remédio, etc, ainda que errado, é o menos desumano. Também não sei se os funcionários dessas instituições possuem outras alternativas.
Abração,
Dudu
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