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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Medicalização do Ócio Juvenil

Os fatos foram narrados no jornal Zero Hora (leia aqui).
A juíza da Vara da Infância e da Juventude, ao perceber que jovens que prestavam depoimento estavam nitidamente medicados, oficiou a FASE, para obter informações. 
Em resposta, o psiquiatra responsável responde: “(...) por que medicar se em sua maioria não são doentes? Não há como colocar que nossa clientela é doente mental em proporcionalidade maior que a preconizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Então por que se medica tanto na Fase? A resposta é simples e definida em uma única palavra: ÓCIO.”
A medicação psiquiátrica foi transformada em instrumento de terapia ocupacional. 
Eis o nível do punitivismo provinciano.
E lembre-se da preocupação do nosso Governo estadual com os Direitos Humanos...
A solução, como se imagina, será afastar os bodes expiatórios (psiquiatra e o monitor), para demonstrar aos meios de comunicação que a Secretaria de Direitos Humanos não é conivente com a situação. 
E em duas semanas os meninos voltarão a ser medicados contra o ócio.

2 comentários:

Anônimo disse...

É professor o tema é trágico...
O que dizer?

Eduardo Schmidt Jobim disse...

Salo, não sei nas condições que essas pessoas se encontram na FASE (encarceramento), por mais absurdo que possa parecer (e errado), eu não preferiria estar dopado para aguentar o ÓCIO. Dentro desse punitivismo absurdo, me parece que um calmante, remédio, etc, ainda que errado, é o menos desumano. Também não sei se os funcionários dessas instituições possuem outras alternativas.

Abração,

Dudu