Como (não) se faz um Trabalho de Conclusão procura problematizar as formas usuais de
redação das monografias de graduação, das dissertações de mestrado e das teses
de doutorado nas Faculdades de Direito.
O trabalho, escrito em
linguagem acessível, objetiva provocar um diálogo crítico com os orientadores e
os estudantes de Direito (sobretudo da área das Ciências Criminais), sobre o
conteúdo e a forma dos Trabalhos de Conclusão.
O livro procura apontar os
inúmeros equívocos derivados da supervalorização dos procedimentos (formalismo
jurídico) e propor algumas alternativas viáveis para romper com a herança
burocrática que é uma das principais responsáveis pela estagnação da pesquisa
no Direito.
A intenção do livro é
demonstrar como a redação do Trabalho de Conclusão pode ser prazerosa e,
sobretudo, como é possível fazer uma monografia que não seja uma mera repetição
de trabalhos de referência. Para tanto, porém, parte do pressuposto da
necessidade de superação das abordagens burocráticas que se institucionalizaram
como ‘a’ forma acadêmica de pesquisa e de redação.
O livro foi redigido em forma
de diálogo e, para efetivar uma verdadeira troca de experiências, foi dividido
em duas partes. Na primeira, o autor cria uma espécie de pauta negativa sobre a
pesquisa acadêmica: como não fazer uma pesquisa.
Neste momento apresenta uma série de dificuldades concretas expostas por seus
alunos e que, com frequência, são compartilhadas nas Faculdades de Direito. Na
segunda parte, o autor desenvolve uma pauta positiva, apontando saídas
possíveis sobre como é possível fazer uma pesquisa. Esta
perspectiva propositiva foi construída a partir de estudo de casos considerados
representativos em termos metodológicos e dotados de qualidade no conteúdo da
análise. Foram analisados estudos de casos (casos processuais), pesquisas
documentais (sobretudo de julgados), observações participativas (pesquisa de
campo), investigações em Direito comparado e, ao final, trabalhos teóricos. A
apresentação de trabalhos acadêmicos virtuosos (projetos de pesquisa,
monografias, dissertações e teses) permite aos alunos e aos professores
visualizar a infinita quantidade de métodos possíveis para além da mera revisão
bibliográfica.
Após a apresentação dos
casos, o autor indica maneiras de enfrentar “a tela em branco”, ou seja, de
como iniciar o trabalho de conclusão, demonstrando, de forma crítica, a
importância de algumas questões centrais da pesquisa como tema, problema, objetivos,justificativa e metodologia.
Ao final, apresenta um breve ensaio teórico
intitulado “De Métodos e Fetiches Metodológicos”, no qual realiza uma
(auto)reflexão sobre o sentido e a finalidade dos métodos de pesquisa.
5 comentários:
Como faço para adquirir um livro seu? Abraço
parceiro, ainda não chegou da gráfica. tão logo chegue aviso, inclusive o link para aquisição. abraço. sc
Professor Salo
O livro é um aprofundamento de seu excelente artigo sobre ensino jurídico-penal publicado pelo IBCCrim?
Ou ambos os textos são complementares? Pretendo utilizá-los à exaustão no pós.
Realmente, é impossível não se identificar com o problema exposto e querer buscar soluções.
Abraço.
william, é um livro focado nas monografias, segue a linha do artigo.
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