No início do semestre, como uma das ferramentas de avaliação, foi proposta a seguinte tarefa: os acadêmicos deveriam observar uma "questão criminológica" que necessariamente envolvesse a cidade. Após a definição do "problema de pesquisa", os alunos deveriam apresentar uma pesquisa empírica aos colegas no final do curso. Todos os grupos que apresentaram os trabalhos aderiram voluntariamente à pesquisa. Aqueles que desejaram não realizar a intervenção se submeteram a um modelo mais tradicional de avaliação.
Os recursos teóricos fornecidos na disciplina para interpretação do problema de pesquisa transitaram entre a criminologia da reação social (Becker), a antropologia urbana (Goldenberg), a criminologia crítica (Baratta, Zaffaroni e Elbert) e a criminologia cultural (Ferrell, Athayde, MV Bill e Soares).
Os temas discutidos pelos grupos caminharam na tênue linha entre o crime e o desvio: prostituição, hip hop, pixação, mídia, movimentos sociais.
Participaram, no seminário aberto de apresentação dos trabalhos, como avaliadores externos, os professores Daniel Achutti, Mariana Weigert e Raffaella Pallamolla.
Os trabalhos foram apresentados em distintas "plataformas": vídeos, blogs, powerpoint.
Disponibilizarei gradualmente o material.
O primeiro que publico é o blog "Insiders", criado pelas alunas Alice Lucena, Ana Luiza Espíndola, Camila Carilo, Érica Dutra, Fernanda Lenz e Mariana Salla.
No blog o leitor encontrará vídeos sobre o tema da prostituição no Brasil, exibidos pela grande mídia e, sobretudo, as entrevistas realizadas pelas pesquisadoras.
Conforme delimitado pelas alunas, o trabalho buscou identificar a cifra oculta da violência contra as profissionais do sexo em Santa Maria, mapeando as situações que permitem compreender a lacuna entre o número de crimes praticados e o efetivo registro policial. Em síntese, quais os fatores que facilitam a invisibilização deste tipo de violência de gênero. Inúmeras conclusões foram apresentadas e serão expostas gradualmente no blog Insiders.
2 comentários:
Pretendo fazer pesquisa empírica sobre isso em minha cidade, fazendo ponte com o projeto de lei nº 4.211, Lei Gabriela Leite. A minha faculdade, infelizmente, não dá suporte à pesquisa. Nossas aulas de Metodologia da Pesquisa Científica limitava-se a dizer as normas da ABNT na formatação dos trabalhos acadêmicos. Poderia me dar um norte? Não peço muito, se indicar um livro já pode me ajudar.
Adquiri seu livro "Como Não se Faz..." e o "Anticriminologia..." também. Comprei na internet, ainda não chegaram. Espero que me ajudem!
dá uma olhada no blog indicado e procuro os textos da elisiane pasini, joão pedro.
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