Encontro de Estudantes Antimanicomiais

Vai rolar em Porto Alegre, no Campus da UFRGS, entre os dias 04 e 07 de setembro, o I Encontro Nacional de Estudantes Antimanicomiais. O tema central será "Formação dos Estudantes em Saúde Mental".

O encontro construirá importante espaço para os acadêmicos das áras das humanidades, fortalecendo a rede das pesoas que atuam no sistema de saúde mental.

Conforme consignado no material de divulgação, "esse evento é uma grande oportunidade para fomentar a troca de experiências e idéias, fortalecendo o trabalho com a saúde mental dos futuros profissionais de saúde do Brasil. A sua realização no Rio Grande do Sul o contextualiza em uma região do país que foi pioneira na reforma psiquiátrica, mas que hoje em dia está com sua rede de saúde mental bem aquém do que seria desejável."

Dados sobre inscrição e programação, clique aqui.

Confissões de um Ex-Roadie

Enviei a matéria publicada pelo O Paredão (post abaixo) para um grupo de amigos "das antigas" - uma lista de velhos colorados que temos denominada Triple Coroas. Um dos integrantes, o Rafael Ritzel, ex-guitarrista da banda que trabalhei como roadie em Santa Maria em meados da década de 80 - Banda Thanos, cujo nome, pelo que me lembro, remete a algum Deus da mitologia grega.
E não é que o parceiro tinha a prova material do crime: a imagem da Fita K7 intitulada Omissão Nunca Mais, que gravamos em agosto de 1987, nos estudios da Bobby Som na Boca do Monte.

Acima foto de uma das primeiras apresentações da Banda Thanos, na Locomotiva, Av. Presidente Vargas, Santa Maria, em 1986.

Criminologia Cultural e Rock nos Muros de Porto Alegre

Direitos Humanos

Criminologia Cultural e Rock nos Muros

O Matheus de Vasconcellos, que edita O Paredão - "quem não tem Jornal, dá recado pelo muro" - participou, como ouvinte, do evento Criminologia Cultural e Rock. 

Nos muros da cidade, desde o dia 25 de agosto, suas impressões sobre o evento. Em breve a matéria na íntegra em Pare o Trem.

Smokestack Lightning

Howlin' Wolf, na genial performance de Smokestack Lightning.

Memórias de Presas Políticas

Assisti ontem de madrugada a um documentário na TVE Brasil. Não recordo o nome, pois comecei a ver a película na metade. Mas se tratava de um filme sobre as mulheres presas em Devoto, na época da Ditatura Militar argentina.
O relato das sobreviventes gira em torno de Graciela Lo Prete, que redigiu, durante e após o encarceramento, o livro Memórias de una Presa Política, publicado em 2006.
Histórias tocantes que merecem ser conhecidas.
O livro pode ser adquirido pelo site da Editora Nuevo Parhadigma (aqui).
No ano da publicação, foi criado um blog para a discussão das idéias do livro: http://memoriasdeunapresapolitica.blogspot.com/.

Resenha do livro:
"'Memorias de una Presa Política' relata la vida en común de un grupo de prisioneras de la cárcel de Devoto durante la última dictadura militar. Se trata del manuscrito dejado por Graciela Lo Prete, una estudiante de sociología y ex militante de la agrupación Vanguardia Comunista, quien comenzó a escribirlo en cautiverio, aún bajo el eco de esas largas conversaciones nocturnas que ni el encierro ni las noticias del horror lograron impedir. En medio de ese gineceo indoblegable, comenzó a gestarse este libro cuya escritura quedó interrumpida en 1983 cuando la autora decidió quitarse la vida. El período de escritura de este libro refuerza su valor documental y su radicalidad sin mediaciones: el texto fue escrito antes de que la memoria desplegara las estrategias interesadas y de que los relatos de la denuncia encontraran sus matrices modeladoras. La mirada inteligente - piadosa pero implacable - de La Lopre, atraviesa la experiencia carcelaria de la dictadura con la lucidez irrenunciable de una 'independiente' que no acepta someterse a los dogmas de la afiliación obediente ni elude la crítica 'entre compañeras'."

A Experiência (Prisional)

Na reunião do GCrim de ontem, comentamos o Stanford Prison Experiment, realizado em 1971 (Universidade de Stanford).
Os investigadores realizaram experimento psicológico no qual os selecionadas, pessoas sem contato com a questão prisional, deveriam ficar submetidos, durante duas semanas, às condições físicas e disciplinares do encarceramento. Ao final da primeira semana o projeto teve que ser cancelado.

O site da pesquisa, com amplo relatório, pode ser acessado em http://www.prisonexp.org/.

Em 2001 a investigação foi adaptada para o cinema, com o título Das Experiment.

Publicações Criminológicas

Nas duas últimas semanas foram publicadas novos volumes de importantes periódicos mundiais de Criminologia. São publicações distintas, que adotam posturas críticas e conservadoras que pendem do abolicionismo ao punitivismo.

A revista Crime, Media, Culture, periódico de referência da Crimiologia Cultural, em sua edição de agosto de 2010, contém os seguintes artigos:

Randy Lippert and Blair Wilkinson, Capturing crime, criminals and the public’s imagination: Assembling Crime Stoppers and CCTV surveillance
David Wilson, Harriet Tolputt, Nick Howe and Diane Kemp, When serial killers go unseen: The case of Trevor Joseph Hardy
Leonidas K. Cheliotis, The ambivalent consequences of visibility: Crime and prisons in the mass media
Susana Vargas Cervantes, Performing mexicanidad: Criminality and lucha libre
Avi Brisman, ‘Creative crime’ and the phytological analogy
Mark Hamm, Jeff Ferrell and Chris Greer, Provocateur for justice: Notes on the imprisonment of Professor Luis Barrios

O periódico Law, Culture and the Humanities, de junho de 2010, apresenta edição especial sobre o tema da Soberania.

Charles Barbour, Sovereign Times: Acts of Creation

James R. Martel, Can There Be Politics Without Sovereignty? Arendt, Derrida and the Question of Sovereign Inevitability

Jill Stauffer, Equality and Equivocation: Saving Sovereignty from Itself

Oscar Guardiola-Rivera, What comes after Sovereignty?

Joseph Jenkins, Dead Hand Rising: Dialectics Beyond Last Wills in The Merchant of Venice and The Tempest

Sharon Cowan, The Elvis We Deserve: The Social Regulation of Sex/ Gender and Sexuality Through Cultural Representations of ‘The King’

Jinee Lokaneeta, A Rose by Another Name: Legal Definitions, Sanitized Terms, and Imagery of Torture in 24

Eugene Garver, Spinoza on Constitutional Interpretation

A Crime & Delinquency, periódico orientado pela linha comportamentalista-atuarial, na edição de outubro de 2010 apresenta os seguintes textos:

Laurence Steinberg and Alex R. Piquero, Manipulating Public Opinion About Trying Juveniles as Adults: An Experimental Study

Laura J. Hickman and Marika J. Suttorp, The Recidivism Patterns of Previously Deported Aliens Released From a Local Jail: Are They High-Risk Offenders?

Daniel P. Mears, Tracey L. Shollenberger, Janeen B. Willison, Colleen E. Owens and Jeffrey A. Butts, Practitioner Views of Priorities, Policies, and Practices in Juvenile Justice

Melissa Schaefer Morabito, Understanding Community Policing as an Innovation: Patterns of Adoption

Andy Hochstetler, Matt DeLisi and Travis C. Pratt, Social Support and Feelings of Hostility Among Released Inmates

Robert Svensson and Lieven Pauwels, Is a Risky Lifestyle Always “Risky”? The Interaction Between Individual Propensity and Lifestyle Risk in Adolescent Offending: A Test in Two Urban Samples

Nicole Leeper Piquero, Andrea Schoepfer and Lynn Langton, Completely Out of Control or the Desire to Be in Complete Control? How Low Self-Control and the Desire for Control Relate to Corporate Offending

A revista conservadora The Prison Journal, em junho de 2010 publicou:

Jeralyn Faris and JoAnn Miller, Family Matters: Perceptions of Fairness Among Incarcerated Women

Merry Morash, Seok Jin Jeong and Nancy L. Zang, An Exploratory Study of the Characteristics of Men Known to Commit Prisoner-on-Prisoner Sexual Violence

Lior Gideon, Efrat Shoham and David L. Weisburd, Changing Prison Into a Therapeutic Milieu: Evidence From the Israeli National Rehabilitation Center for Prisoners

Lawrence A. Sawchuk, Lianne Tripp and Michelle M. Mohan, “Voluntariness of Exposure”: Life in a Convict Station

Shannon K. Fowler, Ashley G. Blackburn, James W. Marquart and Janet L. Mullings, Would They Officially Report an In-Prison Sexual Assault? An Examination of Inmate Perceptions

Advocacia Voluntária - SAJU UFRGS

O SAJU da UFRGS selecionará, a partir do dia 26 de agosto, novos alunos e advogados para se juntarem ao Programa. Os interessados podem obter mais informações pelo e-mail do SAJU (saju@ufrgs.br) ou pelo seu telefone (33083967).

As áreas de atuação dos Grupos do SAJU com inscrições abertas para novos advogados, bem como os horários dos grupos, são:

G5: 02 advogados(as) Família. Horário: Quintas-Feiras, 14h30.
G9: 02 advogados(as) Família/Adolescente em conflito com a lei. Horário: Terças-Feiras, 14h30.
GAIRE: 1 advogado(a) Cível/Direito do Estrangeiro. Horário: Terças-Feiras, 10h.
http://www.ufrgs.br/saju

Crimes de Estado

Nazista é formalmente acusado na Alemanha
O alemão Samuel Kunz, 88 anos, foi indiciado pela morte de 432 mil judeus em um campo de concentração de Belzec, no dia 28 de julho.
“Sabíamos que os judeus eram exterminados e depois cremados – sentíamos o cheiro disso todos os dias”, admitiu Kunz em junho, durante depoimento dado ao Escritório Central de Investigação de Crimes do Nazismo na região da Bavária, Alemanha.
Para os que se dedicam a investigar os participantes do nazismo, Kunz pode ser o último nazista a ser processado, porque são poucos os sobreviventes.
Para o judeu americano Efraim Zuroff, historiador que atua no Centro Simon Wiesenthal (CSW), encontrar os membros do regime nazista é uma questão de justiça.
De acordo com reportagem da Revista Istoé, entre 2001 e 2010, 77 nazistas foram condenados por crimes de guerra, outros 51 foram indiciados em mais de uma centena de investigações que foram abertas (dados CSW).
Fonte: Revista Istoé

Violência, Arte e Cultura

Futebol (com as devidas escusas)

O Antiblog tem por princípio não tratar de temas futebolísticos. Sobretudo pela raivosa e insana bipolaridade que existe na Província de São Pedro. Mas, com as devidas escusas, "(...) quiere despedirse con un gol, hagalo pibe, hagalo pibe, hagalo... gooooolll", é demais...

Adorno, Kafka e Timm

Lançado pela Editora do IFIBE (Instituto Superior de Filosofia Berthier) o vigésimo livro solo do querido amigo Ricardo Timm de Souza, intitulado Adorno & Kafka: Paradoxos do Singular.

Futebol

Em absoluto respeito à diversidade, o Antiblog de Criminologia se abstém de postar temas relacionados ao Futebol.

Violência de Gênero e Patriarcado

A foto é da capa da edição da Time Magazine, de 29 de julho do corrente ano. Trata-se da imagem de Bibi Aisha, afegã de 18 anos, que foi sentenciada pelo regime Taliban a ter seu nariz e orelhas extirpados.
A pena foi imposta em decorrência da tentativa de fuga da residência do marido.
No Afeganistão, Aisha conta com o apoio e a proteção da ONG Mulheres pelas Mulheres Afegãs.

Ciência Criminológica

O absurdo (e o genial) da "Ciência" Criminológica é permitir: pela tarde, discutir a questão dos Laudos Criminológicos no Conselho Regional de Psicologia; pela noite, debater Criminologia e Rock, na Faculdade de Direito. Tudo isso na última sexta-feira, dia 13 de agosto.

Teoria Criminológica

Recebi do meu parceiro da Amazon a propaganda do lançamento do livro Criminological Theory, organizado pelos professores Eugene McLaughlin e Tim Newburn.

Table of Contents
PART ONE: CONTEMPORARY CRIMINOLOGICAL THEORY
1. Genetics and Crime Laura A Baker, Catherine Tuvblad and Adrian Raine 2. Individual Differences and Offending, Darrick Jolliffe and David P Farrington
3. Social Learning Theory, Ronald L Akers and Gary F Jensen
4. Process and Structure in Criminal and Deviant Behavior: Street Collectives and Group Delinquency, Simon Hallsworth and Tara Young
5. Social Disorganization, Subcultures and beyond Strain Theories, Robert Agnew and Timothy Brezina
6. Control Theories, Ray Paternoster and Ronet Bachman
7. Labelling, Social Reaction and Social Constructionism, John Muncie
8. Critical Criminology, Eugene McLaughlin
9. Integrative Criminology, Gregg Barak
10. Realist Criminology Revisited, Roger Matthews
11. Routine Activities, Sharon Chamard
12. Feminist Perspectives in Criminology: A Review with Gen Y in Mind, Kathleen Daly

PART TWO: NEW DIRECTIONS
13. Life-Course and Developmental Theories in Criminology, David P Farrington
14. Crime Science, Ronald V Clarke
15. Psychosocial Criminology Tony Jefferson
16. Cultural Criminology, Jeff Ferrell
17. The Loose Can[n]on Governmental Criminology, Pat O'Malley
18. New Institutionalism in Criminology, Susanne Karstedt
19. Approaches, Theories and Themes Defiance, Compliance and Consilience, Lawrence W Sherman
20. A General Theory of Criminology: A Vision of Race, Crime and Justice through the Lens of Critical Race Theory, Lee E Ross
21. A Green Criminology Perspective, Rob White
22. Global Criminology, Katja Franko Aas
23. Penology, Michael Cavadino
24. Approaches to Victims and Victimization, Paul Rock
25. News Media Criminology, Chris Greer

Fazendo Gênero

A Lis Pasini enviou o flyer da campanha que será lançada no encontro Fazendo Gênero, que ocorrerá em Floripa. Em breve mais informações.

Criminologia Cultural e Rock: Coda

Participei, nestes dois últimos dias, do evento acadêmico mais interessante que tive a oportunidade de acompanhar.
O sentimento, ontem, após a última palestra, era de absoluto êxtase.
E não foi pelo fato de o tema ser "alheio" às "ciências tradicionais" que deixamos de falar sobre assuntos "sérios", como exige a academia.
"Long Live Rock'n'Roll", relembrando o hino cantado por Ronnie James Dio no terceiro álbum de estúdio da banda Rainbow (1978).

Semana Cultural - Faculdade de Direito UFRGS

Bagatela

Documentário sobre a criminalização da miséria no Brasil.

Criminologia Cultural e Rock

Devido aos problemas técnicos apresentados na noite de ontem (vídeo e áudio), o evento iniciará hoje às 18:30, com a fala do José Linck. Na sequência yo e o Marcelo Mayora.
Local: Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFRGS.

Revista Brasileira de Ciências Criminais [RBCCrim]

No mercado a nova edição da RBCCrim, número 83.
Publico, nesta edição, parecer que apresentei junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Sétimo Garibaldi.

Sumário:
I. Direito Penal
1. A legitimidade do direito penal econômico como direito penal de perigo – uma análise à luz dos princípios da lesividade e da intervenção mínima - Ariella Toyama Shiraki
2. Algunas soluciones a los problemas que plantea la responsabilidad por el producto en el derecho penal argentino - Eugenio C. Sarrabayrouse
3. As origens ideológicas do direito penal do inimigo - Francisco Muñoz Conde
4. Acessoriedade administrativa, princípio da legalidade e suas (in)compatibilidades no direito penal ambiental - José Danilo Tavares Lobato

II. Processo Penal
1. Estudo sobre a verdade no processo penal - Denise Provasi Vaz

III. Crime e Sociedade
1. Tráfico de drogas e o conceito de controle social - André Ribeiro Giamberardino

IV. Sistema Prisional
1. Algo más que el tiempo como duración la entidad cualitativa del espacio de prisión al tiempo de pena - Pablo Andrés Vacani

V. História
1. Delegados de polícia e a gestão cotidiana da violência em São Paulo, final do século XIX - Luís Antônio Francisco de Souza

VI. Seção Especial: Direitos Humanos
1. O genocídio e o crime de genocídio - Geraldo Miniuci
2. Considerações sobre o arquivamento do inquérito policial: requisitos e controle judicial (estudo de caso) - Salo de Carvalho

VII. O Direito em Ação
1. Sentença penal condenatória do ex-ditador uruguaio Juan María Bordaberry

Criminologia Cultural e Rock

Devido ao elevado número de inscritos, o evento foi transferido do Pantheon Acadêmico para o Salão Nobre da Faculdade de Direito.
Hoje e amanhã, a partir das 19:30.

Criminologia Cultural e Rock

Do blog Remix, CLICRBS:

“Eu sou obsceno, mal e poderosamente sujo, sou um homem procurado, inimigo público número um”, cantava o finado Bon Scott. O grande vocalista do AC/DC sabia o quanto era perigoso fazer rock naquelas idos de 1970 _ e não apenas para si mesmo. Fazer rock era viver o rock, o que significava flertar com um estilo de vida potencialmente criminoso e que merecia ser visto como um problema de ordem social e política. Merecia, portanto, um estudo pelo viés da Criminologia.
Criminologia, para você que, como eu, não estudou Direito, é basicamente a ciência que estuda o crime como um fenômeno além do simples ato de infringir a lei. Ela escarafuncha todo tipo de hipóteses para explicar comportamentos criminosos _ o que inclui o rock’n'roll, vejam vocês.
Por isso, a galera do Centro Acadêmico André da Rocha, do curso de Direito da UFRGS, faz hoje e amanhã a segunda edição do seminário Criminologia Cultural e Rock. É uma baita oportunidade para quem quer entender o rock além da pirotecnia histérica que o promove, da música pura e simples e da trindade fechada com drogas e sexo _ mas que não ficarão de fora, claro.
A exemplo da primeira edição, gente gabaritada falará a respeito de movimentos que ajudaram a formatar e popularizar o rock, como a contracultura, a psicodelia e o punk, além das bandas, personagens, histórias e músicas cruciais para o gênero ao longo de meio século. Tudo bem informal, como não manda o figurino da casa.
O minicurso é gratuito e ocorre, nos dois dias, às 22h no Pantheon Acadêmico no prédio de Direito da UFRGS (João Pessoa, 80).

4a Marcha Lésbica

Confira o Blog da 4a Marcha Lésbica (aqui) e as atividades promovidas durante este mês.

"Ecstasy? Só para os Veteranos", diz FDA

Acabo de receber do Marcelinho Mayora - acho que os gremistas estão evitando ler os periódicos da província...
FDA approves Ecstasy: New treatment of Iraq war veterans with resistant PTSD. Encouraging results
[Fonte: Denver Examiner, August 9, 7:01]
By Taylor Lynne Trentwood, Ph.D.
Veterans from Iraq and other theatres of war may receive treatment with Ecstasy! The FDA has given approval for a trial of treatment for PTSD in a combination of psychotherapy and Ecstasy. This is a major step forward in mental health methods of treatment.
Denver is a likely VA hospital site for this ground breaking work in which there has been success treating men and women who have been unable to be helped by any other methods, including anti -depressants, psychotherapy, relaxation training and support groups.
The initial results are excellent. Ten out of a group twelve test subject showed very positive effects from the treatment protocol. A combination appears to be the surest method therefore the chemical MDMA is paired with physical monitoring to watch for side effects and to be a therapeutic agent as well.
This is truly groundbreaking news and the FDA has made a very positive decision in moving this therapy forward. People who have suffered severe trauma often live their entire lifetime without relief from their disorder. Their crushing symptoms include overwhelming anxiety, flash-back like memories and severe depression, among others.
A placebo group which also had the same number of sessions for psychotherapy but not the Ecstasy chemical showed on a two in eight or 25% rate of improvement. The difference between the treatment group and the placebo group is highly significant.
This therapy may allow the brain to “re-boot” and have a fresh start in a way that no current treatment or medication can do. Let’s keep a positive mind set that this new trial will bring much welcomed relief to our suffering veterans. It is the most hopeful sign of something new and of progress for PTSD in a very long time.

E-Drugs

Acabo de receber da Beta Werlang.
Novo fenômeno da internet, as "e-drugs" invadem a França
[Fonte: Terra, 11 de agosto de 2010, 06h02, atualizado às 06h58]
Um novo fenômeno da internet começou a ganhar força na França com o nome de "e-drugs", ou drogas digitais sonoras, com efeitos ainda desconhecidos.
As "e-drugs" se baseiam em um fenômeno neurológico que consiste na emissão de sons diferentes em cada ouvido e que estimula o cérebro, produzindo sensações de euforia, estados de transe ou de relaxamento. As sessões possuem entre 15 e 30 minutos de sons que podem ser obtidos em sites especializados a preços que variam de sete a 150 euros e transmitem sensações fora do comum aos usuários.
A imagem do consumo desta "droga", por exemplo, um menino tombado na cama de seu quarto escutando música, está longe das provocadas por substâncias que fazem parte da lista de entorpecentes. Estes produtos nasceram nos Estados Unidos, mas o sucesso e as novas tecnologias os espalharam rapidamente pelo resto do mundo, o que despertou o alerta de certos setores, apesar de alguns analistas acreditarem que não existe risco de dependência.
Fontes da missão interministerial para a luta contra as drogas e a toxicologia da França explicaram à EFE que se trata de um fenômeno que não é "nem alarmante, nem emergente" e que, por enquanto, não tem motivo para ser proibido. No entanto, as drogas digitais invadiram a França nos últimos dois meses e, por enquanto, seus efeitos são desconhecidos e não há estudos realizados sobre o assunto no país.
Especialistas em neuropsicologia observam que os sons relaxam, ajudam na concentração e são usados com fins terapêuticos para algumas doenças como o autismo. Certas frequências podem estimular a imaginação ou a criatividade, o que poderia criar as alucinações que os consumidores afirmam ter durante ou após as sessões.
Existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais. Os possíveis perigos das "e-drugs" não parecem preocupar os jovens, que compartilham suas experiências nas redes sociais, onde recomendam as melhores doses.
"Senti chamas em meus braços, que desciam gradualmente até os dedos dos pés, tinha a impressão de que meu braço pesava uma tonelada e um dos meus dedos estava curvado. Então comecei a me sentir muito estranho. Foi genial", relata "Sugar Killer", além de dizer que viu uma tartaruga, um elefante verde e até Papai Noel nos pés de sua cama.
As drogas mais populares da rede têm nomes sugestivos, como Orgasm, Peyote, Marijuana ou Lucid Dream. "Meu coração batia muito forte e eu tremia como um louco. Após a dose, me acalmei e parou. Respirei forte e achei que foi ótimo. Efeitos depois da dose: excitação e vontade de fazer muitas coisas. A vida é genial", diz uma usuária apelidada Larta.
As sessões são divididas por temas. Assim, é possível encontrar algumas prescritas para desenvolver a imaginação, aproveitar mais uma partida de videogame ou atividades esportivas, ou até mesmo para aumentar o prazer das relações sexuais. "No início, nada de especial, como sempre, relaxamento muscular... mas depois de dez minutos me senti muito bem. Tinha mais sensibilidade em minhas extremidades, e de repente tive uma ereção", comenta outro internauta.
"Comecei a escrever em inglês como um romance de verdade, as ideias fluíam pela minha cabeça. Não tive a necessidade de olhar o dicionário, as palavras vinham sozinhas. Não tinha acabado de escrever uma cena e já tinha a seguinte na cabeça", assegura Aiana. Apesar das dúvidas sobre seu consumo, as "e-drugs" se proliferam rapidamente graças às redes sociais.

Caio Fernando Abreu

Na web está rolando uma campanha para salvar a casa do escritor Caio Fernando Abreu da especulação imobiliária (aqui).
Antiblog apóia a campanha.

Avanços da Genética

Laudos Criminológicos e Papel do Psicólogo na Execução Penal

ENCONTRO ESTADUAL DOS PSICÓLOGOS DO SISTEMA PRISIONAL

13 DE AGOSTO DE 20101 - AUDITÓRIO DO CRPRS - PORTO ALEGERE

13h e 30min - Abertura: Contextualização acerca do Processo de Construção que colocou em Curso a Resolução do CFP, 009/210.
Conselheiros: Pedro Pacheco - Presidente da CDH/CRPRS, Fátima Fischer - Presidente da COF/CRPRS e Coordenadora do GT Prisional, Ivarlete França - Presidente da CPP/CRPRS e integrante do GT Prisional.

14h - Resolução do CFP, 009/2010 - Fim dos Exames Criminológicos: Aspectos Jurídicos e Éticos na Garantia dos Direitos.
Palestrante: Salo de Carvalho, Professor Adjunto do Departamento de Ciências Penais da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor Visitante do Doutorado em "Derechos Humanos y Desarrollo" da Universidad Pablo de Olavide (Sevilha, ES). Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996). Doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná (2000). Pós-Doutor em Criminologia pela Universidad Pompeu Fabra (Barcelona, ES) (2010).

14h e 40min: Resolução do CFP, 009 /2010 - Novos desafios á Pratica do Psicólogo nas Prisões.
Palestrante: Conselho Federal de Psicologia

15h e 20min - Discussão e Orientação
16h - Encerramento

45,000 Maniacs

É legal ver a receptividade do Antiblog de Criminologia.

Hoje, exatamente um ano após o novo formato - depois do Anticarcerário e do Homo Criminalis -, registram-se 45.000 acessos.

E é legal sobretudo porque mostra que existem inúmeras pessoas que pensam de forma parecida.

Direito Penal na Atualidade

Na Semana do Advogado, palestro na FNAC dia 10, terça-feira, 20 horas, sobre o tema "Teoria e Prática do Direito Penal na Atualidade." Após a palestra farei o lançamento da 3a edição do Antimanual de Criminologia.

Sobre Punitivismos e Discursos sobre a Impunidade

Recentemente a imprensa mundial divulgou a execução de uma mulher iraniana à morte por apedrejamento.

A pena foi imposta em decorrência de sentença condenatória pelo crime de adultério.
Imagino os empresários morais iranianos defendendo esta espécie de condenação:
"Se não aplicarmos o apedrejamento, teremos uma grande sensação de impunidade no Irã."
"Não podemos deixar de aplicar o apedrejamento sob pena de aumento da criminalidade."
"Se o apedrejamento for abolido, as mulheres não terão limites para trair seus maridos."
"A pena de apedrejamento é a melhor forma de proteger o bem jurídico 'honra familiar'."
"Os garantistas iranianos que defendem o fim do apedrejamento não pensam nas vítimas do crime, são demasiado tolerantes com o adultério."
"Temos que nos preocupar com os direitos humanos do homem traído, não com benesses à criminosa."

Por outro lado, um digno professor universitário apresentará uma tese demonstrando que estas mulheres adúlteras possuem um severo déficit neurológio. Em decorrência de uma má formação das sinapses, acabam sendo pré-dispostas à traição e à ofensa aos valores familiares. Muito provavelmente o pesquisador receberá importantes fundos para validar instrumentos de pesquisa desenvolvidos na metrópole. Assim, sua pesquisa auxiliará à universalização dos critérios 'científicos' de análise do crime de adultério, projetando novas investigações sobre os motivos pelos quais as mulheres agem desta forma.
É caricato, sem dúvida, mas ao mesmo tempo revelador da nossa lógica punitivista e da 'neutralidade' do nosso saber científico.

E quem nunca pecou que atire as primeiras pedras.

Criminologia Cultural e Rock - Pantheon da Faculdade de Direito (UFRGS)

Feminismos e Patriarcalismos

Tenho acentuado no Antiblog - porque efetivamente acredito nisso - a importância do pensamento feminista para compreensão e tentativa de superação do patriarcalismo, uma das fundações autoritárias da nossa cultura.
Por mais interessante que possa parecer, é um dos temas mais controversos. Sempre que um novo post sobre o assunto surge, várias são as manifestações que aderem a crítica ao patriarcalismo ou que negam a formação patriarcal. Algumas manifestações são, inclusive, bastante contundentes de crítica/negação/indiferença à crítica ao patriarcalismo.
Em uma semana em que os movimentos feministas deram visibilidade à execução de uma mulher iraniana à morte por apedrejamento em decorrência de condenação por adultério, o periódico Feminist Theory, sob a coordenação de Anastasia Valassopoulos, lança edição especial sobre Feminismo Árabe (clique aqui).
Importantes contribuições para compreender um pouco mais a questão de gênero nas culturas não-seculares e as formas e usos patriarcais.

Pesquisa, Resistência e Outras Coisas

Meu irmão, Diego de Carvalho (na foto), jornalista e Mestrando em Comunicação, está com um blog novo na área - Pesquisa, Resistência e Outras Coisas.

Indico sobretudo para o pessoal que está nos cursos de Pós-graduação - independente da área de conhecimento -, na fase de preparação e de redação das teses e dissertações, pois o blog publica posts muito legais sobre a vida acadêmica. Destaco O Poder Sobre a Pesquisa.