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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Criminologia de Garagem # 4


No Programa # 4 o tema de debate é o Neo-Inquisitorialismo. Para além das questões processuais, a discussão envolve a mentalidade e cultura inquisitória contemporânea.
Na trilha sonora Black Sabbath e Rainbow.


2 comentários:

Guilherme de Souza disse...

1. O "Martelo das Feiticeiras" como "primeiro grande modelo integrado". Naquele período (sec. XIII), o que poderíamos chamar de direito penal, processo penal e criminologia estavam tão separados a ponto de podermos identificar nessa obra uma integração entre eles? Falar de um modelo integrado não se torna possível somente a partir da constituição desses saberes como disciplinas (separadas e, portanto, passíveis de integração)?

2. Não sei se dá pra falar em "o" processo penal, no singular e sem outro adjetivo, principalmente se o encararmos, como propõe o Moisés, como práticas (de punição, de justiça, de administração institucional de conflitos, ou outra denominação que se queira), e que foi abordado pelo Salo a partir das ideias do Kant de Lima. Assim, acho que dá pra falar que, no Brasil, o "nosso" processo penal e outras tantas práticas sociais nossas possuem esse viés hierárquico e inquisitorial ainda muito forte. Em outros contextos culturais (e aí a importância de estudos comparados como o do Kant de Lima), pode não ser bem assim, ainda que "aparentemente" esteja se falando da mesma coisa (e aí talvez a importância da tal "descrição densa" de que o Clifford Geertz fala no "Interpretação das Culturas").

3. A fala do Felipe sobre a necessidade dessa figura autoritária para "encontrarmos o lugar" se aproxima muito do Kant de Lima, pois o que esse autor diz é que a "função" dessa autoridade é justamente ordenar esses sujeitos desiguais no espaço público, colocando cada um no seu "devido lugar" ("ponha-se no seu lugar!" talvez seja mais uma daquelas expressões que caracterizam esse nosso contexto cultural brasileiro, junto com o "você sabe com quem está falando?"). Damatta, no "Carnavais, Malandros e Heróis" fala que um dos maiores temores sociais no Brasil é justamente "estar fora de lugar".

4. Pra encerrar, "Neo-inquisitorialismo"? O que há de "neo", pra vocês, nesse inquisitorialismo? Pra mim, é só "sempre mais do mesmo", como já dizia o Renato Russo. A novidade, talvez, seja reconhecermos esse inquisitorialismo como sempre presente (e, talvez, então, finalmente, superá-lo).

Os programas estão cada vez melhores! Continuem!!!!

Forte abraço!

glauco disse...

então o neo-inquisitorialismo não é neo, e ainda é pan. é isso?