Duas citações Diana Corso ("O Novo não Dormirá", Zero Hora, 30 de junho), psicanalista referida no post, eu gostaria de destacar:
(Primeira) "é dada publicidade a cada ato de baderna juvenil porque o público não quer ouvir ou ler a respeito dessas façanhas adolescentes que estão isentas de qualquer desvio antissocial. Além disso, quando acontece um milagre, como os Beatles, existem aqueles adultos que franzem o cenho quando podiam soltar um suspiro de alívio, se estivessem livres da inveja que sentem do adolescente desta fase."
(Segunda) "ficar velho é satisfazer-se com o senso comum, é alardear o fim do mundo a cada vez que alguém faz um barulho que nosso cérebro não consegue decodificar."
Constatação: é incrível o número de "velhos progressistas" criticando os novíssimos movimentos sociais. Imputam aos protagonistas das manifestações falta de objetividade e ausência de projetos realmente democráticos. Certamente eles prefeririam que estes jovens, ao invés de estarem nas ruas protestando, estivessem ao seu redor, cultuando as suas "façanhas do passado", como se fossem heróis do presente.
Alerta: isso não acontecerá. Os jovens de hoje respeitam muito o passado de lutas daqueles que lutaram pela democratização do país. Mas desejam mais. E desejam algo que os "velhos progressistas" não conseguem dar. Exatamente por terem envelhecido.